Um estudo da Universidade de Sidney e publicado pelo  Archives of Internal Medicine faz um alerta aos sedentários no ambiente  de trabalho: pessoas que passam muito tempo sentadas podem estar até 40% mais  suscetíveis a morrer por qualquer causa, em comparação com aquelas que não ficam  sentadas por períodos tão longos. O estudo acompanhou cerca de 222.500 adultos  australianos com mais de 45 anos por cerca de três anos. 
Durante o período da análise, a longevidade foi relacionada com  quanto tempo eles gastaram sentados. Em comparação com pessoas que passaram  menos de quatro horas por dia, as chances de morte em quem passava mais tempo  nessa posição foram: 
- 15% maior para pessoas que ficavam sentadas por pelo menos oito horas;
- 40% maior para pessoas que ficavam sentadas por 11 ou mais horas por dia.
"Nossas conclusões reafirmam a necessidade de os programas  públicos de saúde agirem a favor tanto do aumento dos níveis de atividade física  como da redução do tempo em que os indivíduos passam sentados", relatam os  pesquisadores. No entanto, o estudo não prova que sentar demais mata pessoas.  Ainda não está claro o que veio primeiro: uma saúde mais precária ou permanecer  sentado por muito tempo.  
Mesmo assim, os autores do estudo afirmam que não há  dúvidas de que se movimentar é fundamental para a saúde. Um recente estudo,  realizado pela Sociedade Americana do Câncer, em Atlanta, também encontrou a  mesma associação. Os especialistas acreditam que esses resultados demonstram  que, mesmo em diferentes populações, há uma relação evidente entre redução da  longevidade e o sedentarismo. 
Os motivos dessa relação ainda não são totalmente claros,  mas sabe-se que o exercício e a movimentação têm um efeito positivo sobre o  funcionamento cardiovascular. "Eles ajudam no controle de triglicérides,  diminuem o risco cardíaco e ainda melhoram a pressão arterial", dizem os autores  do estudo. O conselho é mudar as atitudes: em vez de mandar mensagens de texto  ou e-mails a um colega, ande um pouco para dizer olá. 
Largue o sedentarismo e se proteja contra 5 doenças
Pouco tempo, preguiça, vergonha de encarar a academia ou  falta de dinheiro são motivos comuns para correr dos exercícios. Mas nenhum  deles ganha - ou deveria ganhar! - da lista de benefícios que você usufrui  quando começa um treino regular. O sedentarismo favorece uma série de doenças,  além de agravar muitos problemas de saúde. Combatê-lo é uma forma de viver mais  e melhor. Confira a lista de inimigos que você deixa para trás quando começa a  mexer o corpo. 
Diabetes
Segundo o endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital  Albert Einstein, o aumento da gordura localizada, principalmente na região  abdominal, é um dos principais fatores que levam ao quadro de resistência à  insulina. "O hormônio sintetizado no pâncreas não consegue mais agir no  organismo, fazendo com que o nível de açúcar no sangue fique muito elevado",  explica. A melhor forma de se prevenir contra o diabetes é aliando uma boa  alimentação à prática regular de exercícios físicos. 
Câncer
 Alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata,  estão diretamente associados à obesidade, uma das principais doenças decorrentes  do sedentarismo. Isso porque o excesso de peso aumenta a produção de radicais  livres pelo corpo, fazendo com que o organismo não dê conta de combatê-los. Isso  origina pequenas inflamações que podem se tornar um câncer. Além disso, pessoas  que praticam exercícios também costumam ter hábitos de vida mais saudáveis, como  se alimentar de maneira equilibrada e fazer exames médicos rotineiramente.
Pressão alta
 "Indivíduos sedentários obrigam o coração a trabalhar  mais: o músculo cardíaco precisa fazer mais pressão para que o sangue consiga  correr por todo o corpo, aumentando a pressão arterial", explica o cardiologista  Rui Ramos, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).  Por isso, quem realiza atividades físicas não só reduz a pressão como ainda  previne contra o aparecimento da doença, pois aumenta a capacidade e a  resistência cardiovascular.
Osteoporose
"Os exercícios ajudam na formação de massa óssea e, por  isso, previnem o desenvolvimento da osteoporose", afirma Ricardo Nahas. Segundo  ele, a atividade física também ajuda a fixar o cálcio nos ossos, o que é  fundamental para evitar a doença, uma vez que ela é causada pela progressiva  descalcificação. 
Depressão
 "O sedentário não tem disposição para executar as tarefas  do trabalho, realizar programas de lazer e ainda se entrega mais facilmente a  vícios, como o alcoolismo", afirma o médico do esporte Ricardo. Se você já tem  predisposição à depressão, a ausência de atividades físicas acentua ainda mais  esta tendência. Por outro lado, aderir a um treino regular pode funcionar como  coadjuvante no tratamento da doença.
 
 
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