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quarta-feira, 7 de março de 2012

Dica de Saúde - Estudo relaciona nascimento prematuro a problemas de saúde na infância


Quanto mais antes da hora o bebê nasce, maior é o risco de desenvolver problemas



Bebês nascidos apenas algumas semanas antes do previsto têm um risco ligeiramente maior de desenvolver problemas de saúde na infância do que aqueles que tiveram o parto na data esperada, sugere um novo estudo publicado no British Medical Journal. A pesquisa é a primeira a analisar os efeitos do parto prematuro de poucas semanas.

A relação foi feita a partir da observação do estado geral de saúde de 14 mil crianças nascidas 10 anos atrás e acompanhadas até os cinco anos de idade. Os pesquisadores levaram em conta desde problemas crônicos, como a asma, até internações em hospitais.

Os resultados mostraram que bebês nascidos antes das 39 semanas de gestação têm um risco maior de ter problemas de saúde até os cinco anos do que aqueles nascidos a tempo. De acordo com os pesquisadores, 15% dos bebês nascidos no tempo previsto apresentaram asma ou chiado no peito até os cinco anos, enquanto que 17% daqueles nascidos antes da data esperada apresentaram a doença no mesmo período. Eles também constataram que, quanto mais cedo o bebê chegar, maior é o risco de ter problemas de saúde no futuro.
Segundo os autores do estudo, realizado pela University of Leicester e pela National Perinatal Epidemology Unit, no Reino Unido, a pesquisa serve de alerta às mães de bebês prematuros sobre a necessidade de cuidados especiais nos primeiros anos de vida da criança.

Bebês prematuros pedem cuidados especiais

Uma gestação normal dura entre 37 e 42 semanas. Entretanto, vários fatores podem anteceder o nascimento do bebê, como idade da mãe, hipertensão arterial, diabetes, infecção urinária durante a gravidez, má formação do feto e parto cesariana. Segundo o pediatra Sylvio Barros, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, a criança que nasce antes da hora não está tão desenvolvida para lidar bem com os estímulos externos e precisa de cuidados extras do hospital e dos pais - desde o momento da amamentação até a hora de dormir. Por isso, o Minha Vida pediu a especialistas que esclarecessem as principais dúvidas relacionadas ao cuidado com o bebê prematuro.


1. Amamentação

Uma das grandes dificuldades do prematuro em relação à amamentação é a falta de reflexo e força para sucção, além da prematuridade de seu sistema digestivo. Mesmo assim, apesar de nem sempre poder mamar diretamente no peito logo que nasce, o bebê não deve ser, de forma alguma, privado desse alimento tão nutritivo. "Recomendamos que a mãe faça o bombeamento do leite não só para alimentar a criança, mas também para impedir que ele seque, pois mais para frente o bebê poderá ser amamentado da forma tradicional", aponta o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein. Se não houver tal estímulo, o corpo da mãe entenderá que o leite não precisa mais ser produzido.




2. Peso


O peso do bebê prematuro é uma preocupação constante para pais e médicos. "Ele é um dos pré-requisitos para o início da amamentação direto no peito, o começo da vacinação e o recebimento da alta do hospital" afirma o pediatra Jorge Huberman. A criança só poderá sair do hospital quando passar dos 1.900 gramas. Por isso, além de receber cuidados médicos especiais, ela será alimentada com pequenas doses de leite materno e soro. Conforme o tempo passar, a quantidade de leite será aumentada e a de soro reduzida até que a alimentação torne-se exclusiva de leite.



3. Moleira



De acordo com o pediatra Sylvio Barros, a fontanela bregmática, conhecida como moleira, é uma abertura provisória dos ossos que formam a calota craniana. Com o tempo, ela vai se fechando até a oclusão total, que ocorre em torno de 18 meses. Essa espécie de membrana requer os mesmos cuidados que um bebê normal precisa: atenção para evitar traumatismos e pressões muito fortes no local.


4. Temperatura

A temperatura média corporal de um bebê prematuro costuma ser mais baixa do que a de um bebê de nove meses. "Embora ele nasça com mais pelos pelo corpo, uma estratégia natural para mantê-lo aquecido, o seu sistema nervoso central ainda não está totalmente desenvolvido e, por isso, a regulação da temperatura torna-se uma tarefa difícil", afirma o pediatra Jorge. Por isso, é fundamental agasalhar bem o prematuro para mantê-lo aquecido. Só não exagere. O superaquecimento da criança também é prejudicial.

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