Apenas uma dose diária de refrigerante pode elevar o risco em até 20%
Um estudo feito pela Harvard School of Public  Health (EUA) aponta que ingerir bebidas açucaradas diariamente, como  refrigerantes, podem aumentar o risco de doenças cardíacas em homens.  Anteriormente, a mesma equipe realizou uma pesquisa semelhante com mulheres,  encontrando a mesma relação entre o consumo de bebidas com açúcar e doenças cardíacas. 
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores  acompanharam durante 22 anos 43 mil homens, que tinham idades entre 40 e 75 anos  quando o estudo começou. Cada indivíduo relatava seus hábitos alimentares a cada  dois anos, incluindo a quantidade de bebidas com açúcar ingeridas por dia, tanto  refrigerantes quanto sucos de frutas com adoçados. 
Ao longo do estudo, foram registrados 3.683 ataques  cardíacos. Com base nos relatórios preenchidos pelos participantes, foi possível  observar que os homens que bebiam um copo de refrigerante por dia tinham um risco 20% maior de sofrer uma  doença cardíaca do que os demais. 
Os pesquisadores também notaram que essas pessoas  apresentaram níveis mais elevados de gorduras do sangue chamadas de  triglicérides, um fator de risco para doenças cardíacas. Além disso, foram  encontrados níveis mais baixos de HDL ou colesterol "bom", outro fator de  risco. 
Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero
Quando os alimentos light surgiram depois da febre dos  diet, a confusão para os consumidores teve início. Nos últimos tempos, os  chamados produtos zero passaram a atrapalhar ainda mais a população. A  legislação brasileira até obriga que os rótulos das embalagens tragam todas as  informações necessárias. A obrigatoriedade, no entanto, ainda não é suficiente  para esclarecer as pessoas que chegam até as prateleiras dos supermercados  preocupadas com a saúde. 
Nem todo mundo consegue decifrar as informações impressas  na embalagem dos produtos industrializados, por exemplo. Sem a devida  orientação, os consumidores sofrem para selecionar aquilo que considera mais  adequado ao seu perfil. 
"Pelos relatos que nós ouvimos dos pacientes, muitos ainda  tem dificuldades em entender os rótulos. Eles não consideram as embalagens tão  esclarecedoras", relata a nutricionista Karine Zortea. De acordo com a  profissional, existe até um risco caso a pessoa engane-se em trocar um produto.  "Um diabético pode trocar por engano um produto dietético por um light por achar  que é a mesma coisa", diz. 
Entenda os rótulos
Diet: tem isenção de açúcar e/ou proteína e/ou gorduras.  Normalmente é indicado para portadores de doenças metabólicas como diabetes.  Alimentos diet podem ter valor calórico maior que aqueles que contêm açúcar e  nem sempre são úteis para perda de peso. 
Light: possui redução de calorias ou açúcares ou gorduras  ou sódio ou outro nutriente em relação ao produto original. É indicado para  pessoas que desejam reduzir o teor de açúcares, gorduras ou sal na alimentação.  Nem todo alimento light é próprio para perda de peso. A redução calórica em  certos alimentos é muito pequena. 
Zero: promete isenção de açúcar com redução de calorias ou  isenção de nutrientes em relação ao produto original. De modo geral as  indicações são semelhantes aos dos alimentos light. Quando o alimento é zero por  isenção de açúcares também pode ser consumido por diabéticos. 
Cuidado com as embalagens
Os consumidores devem estar muito atentos para não tomarem  como referência o número de calorias exibido nas embalagens de alimentos.  Segundo especialistas, as informações contidas nos rótulos podem estar até 25%  acima do total de energia realmente fornecida pelo produto. A notícia é até  animadora para quem vive lutando contra a balança, mas o sistema de contagem de  calorias utilizado como referência atualmente é ultrapassado e também pouco  eficaz. 
Karine também explica outra pegadinha que estamos sujeitos  a esbarrar nas hora das compras: "O alimento diet isento de açúcar pode ser ao  mesmo tempo rico em gorduras. Para quem quer perder peso, por exemplo, o  recomendável é buscar um alimento light". 
Em outro exemplo, no caso de refrigerantes, os produtos  diet, light e zero não contêm açúcar e apresentam nenhuma ou menos que 4 kcal  por 100 ml. A mudança da terminologia não implica em diferenças nutricionais  significativas e a diferença entre os produtos está no tipo e quantidade de  adoçantes utilizados. 
Nos refrigerantes a base de cola, uma lata de 350 ml, nas  versões diet, light e zero, apresenta zero kcal (calorias) e zero grama de  açúcar. Já a versão comum possui 148 kcal e 37g de açúcar. 
O importante é que o consumidor compreenda as diferenças  nas nomenclaturas utilizadas na rotulagem dos alimentos é um direito do  consumidor e mais uma ferramenta para escolhas corretas e saudáveis, mas na hora  de comprar evite se impressionar com os termos em destaque. Leia a embalagem,  verifique as informações nutricionais e compare os produtos. 
 
 
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