Mensagem de Reflexão - Ociosidade em jovem é resultado da falta de comprometimento e responsabilidade

E também é consequencia da falta de atitude dos pais

Por Tany Souza
tany.souza@arcauniversal.com

Escola, sofá, comilança, diversão. O mundo da maioria dos jovens se resume a isso, com tardes no videogame, saída com amigos, álcool em exagero. Tudo quase sempre sem medida, desregrado. Mas de onde vem tanta falta de responsabilidade?

Para a psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge, essa falta de comprometimento é consequência de algumas atitudes dos pais. “Pela falta de tempo para estar presente, os pais acabam deixando tudo pronto para o filho e, por causa disso, os jovens não criam comprometimento com nada. É a chamada lei de compensação: dou tudo para meus filhos para compensar minha ausência.”

E tudo isso vira um ciclo vicioso, com consequências graves para ele e para a sociedade. “O jovem não tem nada para fazer em casa, vai para a rua se aventurar no crime, vai a várias festas, bebe em excesso, tem amizades erradas e, muitas vezes, provoca grandes acidentes e mortes, como vemos todos os dias pela televisão”, explica Débora.

É claro que não ter nenhuma preocupação é bom, e isso vira uma rotina para o jovem, que quer aproveitar cada vez mais o seu tempo de ociosidade. “E quando ele resolve ficar em casa, ‘mergulha’ na internet, no videogame, ou seja, nada construtivo para o crescimento”, aponta ela.

Por causa dessa vida, supostamente boa para o jovem, é muito difícil que ele perceba sozinho que deve e precisa fazer algo positivo para si. “Se não tiver princípio vindo dos pais, não vai desejar por ele mesmo trocar a vida boa por responsabilidades. Se ele não reconhecer que a falta de comprometimento está prejudicando a vida dele, nada vai resolver”, esclarece Débora.

Para ela, o caminho para acabar com essa ociosidade é a mudança de atitude dos pais. “Eles devem mostrar a importância do estudo, colocar disciplina, limites, responsabilidade, mas têm que ser o exemplo de tudo isso. Além de apresentar outras coisas que chamem a atenção, que sejam boas e agradáveis para o jovem.”

E o resultado de todo esse esforço aparecerá no futuro. “O jovem terá mais responsabilidade e, provavelmente, será uma pessoa com foco, objetivo e condições de correr atrás daquilo que quer, sem depender de ninguém”, finaliza Débora.

Fugindo da ociosidade

A IURD possui várias programações realizadas pelo Força Jovem Brasil, para todos os gostos. Uma das ações é o “Driblando o crack”, que atua nas escolas com ações sociais e jogos de futebol de salão interclasses, orientando os alunos sobre os malefícios das drogas e apresentando mecanismos que possam mantê-los longe dos perigos.

Além do esporte, o Força Jovem também disponibiliza cursos profissionalizantes, com o programa “Jovem Nota 10”, e também aulas de dança, instrumentos musicais e canto, através do “Cultura”. “A importância dos projetos é justamente ocupar a mente do jovem, pois, com a cabeça trabalhando, ele não terá tempo para se envolver com coisas erradas, como drogas, bebidas, e até mesmo com pessoas erradas. É como sempre diz o nosso coordenador nacional do Força Jovem, pastor Jean Madeira: ‘Se parar eu penso, se pensar eu peco, e se morrer pecando, vou para o inferno’", comenta Erik Teixeira, um dos líderes de projetos do grupo.