Níveis elevados de pressão arterial predispõem o aparecimento de fibrilação atrial
A fibrilação atrial (FA) é um distúrbio em que batimentos cardíacos irregulares podem levar a acidentes vasculares encefálicos e outras complicações relacionadas ao coração. De acordo com uma nova pesquisa do Cardiology Department - Oslo University Hospital (Noruega), homens de meia idade, com pré-hipertensão têm um risco maior de ter esse tipo específico de arritmia mais tarde na vida.
Durante 35 anos, 2014 homens entre 40 e 59 anos foram  acompanhados por pesquisadores. Eles analisaram a pressão arterial no início do  estudo e rastrearam eventos, como a FA. Após sete anos, uma nova análise foi  feita, e continuaram no estudo apenas os homens saudáveis - 1.423  indivíduos. 
A pressão  arterial elevada é definida como a pressão sistólica (número superior) a 140  milímetros de mercúrio ou pressão maior e diastólica (número inferior) a 90 mm  Hg ou superior. A pré-hipertensão ocorre quando a pressão sistólica está entre  120-139 e a diastólica entre 80-89. 
Saiba mais
Durante o acompanhamento, 270 homens (13%) desenvolveram a  fibrilação atrial. As principais conclusões do estudo incluem: 
-Os homens com pressão arterial sistólica de 140 mmHg ou superior no início do estudo tiveram um aumento de 60% de risco de desenvolver a arritmia, em comparação com homens com pressão sistólica normal;
-Os homens com pressão arterial sistólica de 128-138 mmHg (pré-hipertensão) tiveram um aumento de 50% do risco de desenvolver uma FA durante o acompanhamento, em comparação com homens com pressão sistólica abaixo de 128 mmHg (normal);
-Os homens com pressão arterial diastólica de 80 mm Hg ou superior no início do estudo tiveram um aumento de 79% do risco de fibrilação atrial, em comparação com homens com pressão arterial diastólica abaixo de 80 mm Hg (normal);
-Em média, a fibrilação atrial desenvolveu-se 20 anos após a avaliação inicial.
-Os homens com pressão arterial sistólica de 140 mmHg ou superior no início do estudo tiveram um aumento de 60% de risco de desenvolver a arritmia, em comparação com homens com pressão sistólica normal;
-Os homens com pressão arterial sistólica de 128-138 mmHg (pré-hipertensão) tiveram um aumento de 50% do risco de desenvolver uma FA durante o acompanhamento, em comparação com homens com pressão sistólica abaixo de 128 mmHg (normal);
-Os homens com pressão arterial diastólica de 80 mm Hg ou superior no início do estudo tiveram um aumento de 79% do risco de fibrilação atrial, em comparação com homens com pressão arterial diastólica abaixo de 80 mm Hg (normal);
-Em média, a fibrilação atrial desenvolveu-se 20 anos após a avaliação inicial.
Os pesquisadores observam que estratégias globais de  prevenção são urgentemente necessárias para reduzir a incidência dessa arritmia.  O controle da hipertensão e da pré-hipertensão podem ajudar nesse sentido. 
Mude hábitos para prevenir as arritmias
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 5% da  população brasileira sofre com algum tipo de arritmia. Isolada, ela não  representa nenhum risco. Mas, sem acompanhamento médico, o problema pode se  agravar e comprometer não só os batimentos cardíacos como o sistema  circulatório. Confira os hábitos necessários para controlar o problema ou evitar  que ele apareça. 
Cuidado com a cafeína
A cafeína pode gerar uma contração e batimentos mais  rápidos do coração, não sendo recomendado para quem sofre de arritmias, de  acordo com o arritmologista Jefferson Jaber, do Hospital Santa Virgínia e membro  da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. 
Álcool com moderação
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está diretamente  associado ao quadro de arritmia. "A fibrilação atrial é a arritmia mais  decorrente nesses casos", conta Jefferson.
Durma bem!
A otorrinolaringologista e especialista em medicina do  sono pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, Fernanda Haddad,  explica que a apneia do sono aumenta os riscos de arritmia. O esforço para  respirar gera um aumento da pressão sanguínea, elevando os batimentos cardíacos,  aumentando os riscos de arritmia ou de complicações decorrentes dela. 
Faça exercícios regularmente
Pesquisas comprovam que a prática de atividade física leve  a moderada diminui a incidência de arritmias. 
 
 
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