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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dica de Saúde - Herança alimentar

Especialista explica que o corpo humano ainda está programado para acumular gordura, comportamento que herdamos dos nossos ancestrais


Por Michele Roza / Fotos: Thinkstock
michele.roza@arcauniversal.com

O Brasil possui quase metade da população acima do peso, sendo que, se continuarmos nesse ritmo, em 10 anos alcançaremos 30% da população de obesos, o mesmo que os Estados Unidos apresentam hoje, segundo Mohamad Barakat, nutrólogo e fisiologista do envelhecimento.

Os norte-americanos já encaram a obesidade como caso de saúde pública. No Brasil, mais de 15% enfrenta problemas de saúde causados pela doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Herança e acúmulo

Se a obesidade é um problema de saúde, por outro lado, podemos atribuir o seu grande avanço há um fator comportamental de nossos ancestrais.

O homem carrega uma herança alimentar que prioriza o acúmulo para a sobrevivência. Na pré-história, quando se conhecia apenas uma fonte de alimentação, a caça, não se sabia ao certo quando seria a próxima refeição. Era necessário o acúmulo de gordura no organismo, pois ela retarda o tempo de saída dos alimentos do estômago, é fonte de energia e isolante térmico.

Barakat explica que o ser humano é o único no planeta capaz de acumular gordura sem fim. Entretanto, o que difere nossos hábitos e costumes dos ancestrais é que nos dias atuais não há mais a necessidade de estocar toda essa gordura no corpo para sobreviver, como era feito antes.
Pelo menos, não deveríamos. Mas com a correria do dia a dia, fica também cada vez mais difícil saber quando você se sentará de novo à mesa para se alimentar com calma e qualidade. O que, muitas vezes, reflete na ingestão de muita comida de uma vez só.
Mudança de hábitos

Hoje, sabe-se que para viver mais é preciso ter uma alimentação diversificada e praticar exercícios. Mudar hábitos não é fácil, mas é possível com força de vontade e disciplina. O especialista afirma que existem duas escolhas: envelhecer com saúde ou sem planejamento.

“Optando pela segunda alternativa, o resultado pode ser uma velhice dependente de medicamentos e outros recursos para sobreviver. Agora, para quem busca longevidade com qualidade de vida, o primeiro passo é mudar velhos hábitos. Vale lembrar que o corpo interpreta e reflete a sua atitude”, conclui Barakat.

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