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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mensagem de Reflexão - O Suplício Dos Sapatos

"Seu" Moreira era um senhor de 50 anos, representante de laboratório farmacêutico, o cliente mais antigo da sapataria do bairro onde morava, no subúrbio do Rio de Janeiro.

Devido muito mais à barriga que a própria idade, tinha certa dificuldade para experimentar os sapatos e, por isso, não dispensava a ajuda do vendedor, que, com a humildade de sempre, agachava-se e, com uma calçadeira, empurrava aquele pé gordo para dentro do sapato encolhido.

Puxava o cadarço e dava o nó, enquanto "seu" Moreira fazia uma cara de dor, como se chupasse limão azedo.

Curioso, porém era que o homem nunca reclamava, pelo contrário, fazia sempre questão de levar sapatos de um número menor que o seu.

O vendedor, ainda que muito intrigado, não se julgava no direito de questionara decisão do seu cliente, mas sempre lhe vinha à mente a mesma pergunta: "Por que o "seu" Moreira compra sempre sapatos menores?

Num belo sábado à tarde, "seu" Moreira apareceu muito bem disposto à sapataria. Nem parecia que tinha perdido a esposa à pouco tempo. De fato, estava alegre e de bem com a vida.

Escolheu um novo modelo de sapato, mais bonito e mais caro que o usual. Quando o vendedor lhe trouxe o número de sempre, sorriu e disse: " Não, meu bom amigo. Não uso mais esse número. Traga um maior, por favor". O sapato agora lhe coube como uma luva. Em vez de andar como se estivesse pisando em vidros, "seu" Moreira dava passos felizes e sorria quando andava.

"Amigo, tenho certeza que muitas vezes o intriguei quando comprava um sapato de número menor que o meu e me obrigava a andar com aquelas dores nos pés.

É que sendo muito mal casado, tinha uma esposa que me infernizava a vida, falando e reclamando durante todo o tempo que estava em casa. Quando estava no trabalho, eu me lembrava que, ao anoitecer, teria de voltar a suportá-la, consolava-me com o fato de que pelo menos em casa poderia tirar os sapatos que tanto me atormentavam.

Agora, depois de muito sofrer, vejo-me livre de dois tomentos e, por isso, sinto-me tão feliz! Fiquei viúvo e, portanto, não preciso mais dos sapatos pequenos".

Quão maravilhoso é a esposa discreta, cujas palavras são sábias, mas quão terrível é aquela que "fala pelos cotovelos", intrometendo-se em todos os assuntos, dando palpites, fazendo intrigas e transformando a vida do marido num verdadeiro unfortúnio.

Na Bíblia há um versículo que serve de reflexão e alerta: "Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa". Provérbios 21:9 e 25:24

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